Óculos
(Herbert Vianna)
Tapajós
Se as meninas do Leblon
não olham mais pra mim
(Eu uso óculos)
E volta e meia eu entro
com meu carro pela contramão
(Eu tô sem óculos)
Se tô alegre eu ponho os óculos
e vejo tudo bem
Mas se estou triste eu tiro os óculos
eu não vejo ninguém
Por que você não olha pra mim?
Me diz o que é que eu tenho de mais
Por que você não olha pra mim?
Por trás destas lentes tem um cara legal
Eu quis te dizer que eu nunca fui "o tal"
Era mais jogo se eu tentasse
fazer charme de intelectual
Se eu te disser periga você
não acreditar em mim
Eu não nasci de óculos
Eu não era assim, não
Por que você não olha pra mim?
Por que você diz sempre que não?
Por que você não olha pra mim?
Por trás destas lentes também
bate um coração
Originalmente gravada em 1984 no CD O Passo do Lui
Melô do Marinheiro
(Bi Ribeiro, João Barone)
Tapajós (EMI)
Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei pelo cano
Entrei de gaiato
Entrei, entrei, entrei por engano

Aceitei, me engajei, fui conhecer a embarcação
A popa e o convés, a proa e o timão
Tudo bem bonito pra chamar a atenção
Foi quando eu recebi um balde d`água e sabão
"Tá vendo essa sujeira bem debaixo dos seus pés?
Pois deixa de moleza e vai lavando esse convés!"

Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei pelo cano
Entrei de gaiato num navio
Entrei, entrei, entrei por engano

Quando eu dei por mim eu já estava em alto-mar
Sem a menor chance nem vontade de voltar
Pensei que era moleza mas foi pura ilusão
Conhecer o mundo inteiro sem gastar nenhum tostão

Liverpool, Baltimore, Bangkok e Japão
E eu aqui descascando batata no porão
Liverpool, Baltimore, Bangkok e Japão
E eu aqui descascando batata!
Originalmente gravada em 1986 no CD Selvagem
Cinema Mudo
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
Uô le bo le ô ô ô ô ô ô
Amor sem palavras
Cinema mudo
Não falo nada você sabe tudo
Ô,ô,ô, ô
A noite chega
Me dá um toque
Melancolia não dá Ibope
Ô,ô,ô ô
Eu tenho que aprender a dizer tudo que eu sinto por você
Eu tenho que aprender
Num desses seriados de TV
Originalmente gravada em 1983 no Cd Cinema Mudo
Lanterna dos Afogados
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

Uma noite longa
Pruma vida curta
Mas já não me importa
Basta poder te ajudar

E são tantas marcas
Que já fazem parte
Do que eu sou agora
Mas ainda sei me virar

Eu tou na Lanterna dos Afogados
Eu tô te esperando
Vê se não vai demorar
Originalmente gravada em 1989 no CD Big Bang
Uma Brasileira
(Herbert Vianna, Carlinhos Brown)
Tapajós (EMI)
Rodas em sol, trovas em só
Uma brasileira, ô
Uma forma inteira, ô
You, you, you
Nada demais
Nada através
Uma légua e meia, ô
Uma brasa incendeia, ô
You, you, you
Deixa o sal no mar
Deixe tocar aquela canção
One more time
Tatibitate
Trate-me, trate
Como um candeeiro, ô
Somos do interior do milho
E esse ão de são
Hei de cantar naquela canção
One more time
Originalmente gravada em 1995 no Cd Vamo Batê Lata
Vital e Sua Moto
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
Vital andava a pé
E achava que assim estava mal
De um ônibus pro outro aquilo pra ele era o fim
Conselho de seu pai
Motocicleta é perigoso Vital
É duro te negar filho
Mas isso dói bem mais em mim

Mas Vital comprou a moto
E passou a se sentir total
Vital e sua moto mas que união feliz
Corria e viajava era sensacional
A vida em duas rodas
Era tudo que ele sempre quis

Vital passou a se sentir total
Com seu sonho de metal
Vital passou a se sentir total
No seu sonho

Os Paralamas do Sucesso
Iam tentar tocar na capital
E a caravana do amor
Então pra lá também se encaminhou
Ele foi com sua moto
Que de carro era baixo astral
Minha prima já esta lá
E é por isso que eu também vou

Vital passou a se sentir total
Com seu sonho de metal
Vital passou a se sentir total
No seu sonho
Originalmente gravada em 1983 no CD Cinema Mudo
Cuide Bem do Seu Amor
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
No instante em que desmoronou
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
A um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for (2x)

E cada segundo, cada momento, cada instante
É quase eterno, passa devagar
Se o seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida, seu amor, seu lar
Depois de tudo que for verdadeiro
Depois de tudo que não for passar
Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
A um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for

Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda, adeus velho mundo
A um segundo tudo estava em paz

Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Originalmente gravada em 2002 no CD Longo Caminho
Nebulosa do Amor
(Herbert Vianna)
Tapajós
Lá fora é tudo cinza e azul
É a hora mais propícia
Vê-se a olho nu

Cruzando o céu
Pequenas astronaves do amor
Vindas de um planeta
Da nebulosa do amor

Ontem, hoje, outro dia já passou
Alguém que eu não conhecia
Hoje me mostrou

Cruzando o céu
Pequenas astronaves do amor
Vindas de um planeta
Da nebulosa do amor.
Originalmente gravada em 1989 no CD Big Bang
Caleidoscópio
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
Não é preciso apagar a luz
Eu fecho os olhos e tudo vem
Num Caleidoscópio sem lógica
Eu quase posso ouvir a tua voz
Eu sinto a tua mão a me guiar
Pela noite a caminho de casa...

Quem vai pagar as contas
Desse amor pagão
Te dar a mão
Me trazer à tona prá respirar
Vai chamar meu nome
Ou te escutar...

Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais
Que terminar...

Quem vai pagar as contas
Desse amor pagão
Te dar a mão
Me trazer à tona prá respirar
Vai chamar meu nome
Ou te escutar...

Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca mais
Que terminar
Êh! Êh!...

Quem vai pagar as contas
Desse amor pagão
Te dar a mão
Me trazer à tona prá respirar
Vai chamar meu nome
Ou te escutar...

Me pedindo prá apagar a luz
Amanheceu é hora de dormir
Nesse nosso relógio sem órbita
Se tudo tem que terminar assim
Que pelo menos seja até o fim
Prá gente não ter nunca
Nunca, nunca, nunca
Ah! Ah! Êh! Êh!...
Originalmente gravada em 1990 no CD Arquivo
Tendo A Lua
(Herbert Vianna, Tetê Tillet)
Tapajós (EMI)
Eu hoje joguei tantas coisas fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografia, gente que foi embor
A casa fico bem melhor assim

O céu de Ìcaro tem mais poesia que o céu de Galileu
E lendo os teus bilhetes eu penso no que fiz
Querendo ver o mais distante sem saber voar
Desprezando as asas que você me deu

Tendo a lua aquela gravidade
Aonde o homem flutua
Merecia visita não de militares
Mas de bailarinos e de você e eu

Eu joguei tantas coisas fora
E lendo os teus bilhetes eu penso no que eu fiz
Cartas e fotografias, gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim Tendo a lua...
Originalmente gravada em 1991 no CD Os Grãos
Meu Erro
(Herbert Vianna)
Tapajós (EMI)
Eu quis dizer
Você não quis escutar
Agora não peça
Não me faça promessas...

Eu não quero te ver
Nem quero acreditar
Que vai ser diferente
Que tudo mudou...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe prá trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

Mesmo querendo
Eu não vou me enganar
Eu conheço os seus passos
Eu vejo os seus erros
Não há nada de novo
Ainda somos iguais
Então não me chame
Não olhe prá trás...

Você diz não saber
O que houve de errado
E o meu erro foi crer
Que estar ao seu lado
Bastaria!
Ah! Meu Deus!
Era tudo o que eu queria
Eu dizia o seu nome
Não me abandone jamais...

Não me abandone jamais...
Originalmente gravada em 1984 no CD O Passo do Lui
Aonde Quer Que Eu Vá
(Herbert Vianna, Paulo Sérgio Valle)
Tapajós (EMI)
Olhos fechados
Pra te encontrar
Não estou ao seu lado
Mas posso sonhar

Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição

Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá

Longe daqui
Longe de tudo
Meus sonhos vão te buscar
Volta pra mim
Vem pro meu mundo
Eu sempre vou te esperar

Larará! Lararára!

Não sei bem certo
Se é só ilusão
Se é você já perto
Se é intuição

Aonde quer que eu vá
Levo você no olhar
Aonde quer que eu vá
Aonde quer que eu vá

Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Aonde quer que eu vá
Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Lá! Larará! Larará!
Aonde quer que eu vá
Originalmente gravada em 2000 no CD Arquivo II
ROCK YOUR BABIES COLETÂNEAS COLEÇÕES NA MÍDIA LOJA
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Clique para ver como era a música na versão original e como ela ficou no arranjo Rock Your Babies

(atenção: os sons de crianças e bebês nestes audios não constam das canções existentes nos CDs)
Os Paralamas do Sucesso são ainda hoje uma das grandes referências do que se faz de qualidade no rock nacional e o seu bebê vai descobrir isto com melodias alegres e inventivas de Herbert, Bi e Barone. Embalando-o na festa, abrimos com Óculos e seguimos para um alegre banho ao som de Melô do Marinheiro. Cinema Mudo, do primeiro disco da banda, também sintetiza esta nova relação que pais e filhos terão: “amor sem palavras, cinema mudo, não falo nada, você sabe tudo…”. Um breve descanso para Lanterna dos Afogados, canção gravada no CD Big Bang e regravada por diversos artistas,  te leva a Uma Brasileira com seu jeito alegre de cantar one more time… Ainda é cedo para seu bebê andar de velocípede, mas os papais motoqueiros já poderão cantar como a vida em duas rodas é o máximo ao som de Vital E Sua Moto. Da Terra para o espaço sideral, vamos encontrar a Nebulosa do Amor. Não é preciso um telescópio para vê-la, basta um Caleidoscópio para nos fazer voltar ao chão e admirar Tendo A Lua, do disco Os Grãos, de 1991. Do disco O Passo do Lui, escolhemos Meu Erro, enquanto você olha para seu pinguinho de gente e lhe diz: não me abandone jamais! Encerrando o disco um recado cheio de amor para compartilharmos por toda nossa vida. Onde Quer Que Eu Vá é puro amor em cada verso para levar nossos queridos em pensamento. Por este e outros motivos, que os Paralamas são Sucesso! Ontem, hoje e, agora, com seus filhos! 
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